São Jorge, marcada pela extensa cordilheira vulcânica constituída por 350 cones e pelas suas famosas fajãs, é, sem dúvida, a ilha para os amantes da natureza, para os aventureiros das caminhadas entre o azul do mar e a vasta flora, marcada por um encanto verdejante ímpar.
A visita começa no Miradouro do Canavial, entre o Morro Grande de Velas e o Morro de Lemos, ambos originados por erupções submarinas de natureza basáltica, com diferentes idades e estados evolutivos. Este local de paragem obrigatória é uma das geopaisagens jorgenses mais conhecidas.
Seguimos até às Caldeirinhas, visíveis ao longo da cordilheira vulcânica central da ilha, que marca todo o relevo e a paisagem jorgense. Ao longo de um pequeno percurso pedestre somos surpreendidos pela riqueza da flora envolvente, rodeados de várias espécies endémicas dos Açores, que aqui permanecem em estado selvagem.
A Fajã do Ouvidor, associada a escoadas emitidas do Pico Areeiro, é conhecida pela sua zona balnear, marcada por inúmeras poças e piscinas naturais de entre as quais se destaca a Poça Simão Dias. Mergulhamos nas suas águas translucidas e apreciamos as curiosas disjunções prismáticas nas suas arribas, que parecem ter sido esculpidas “à mão”.
Depois de almoço, visitamos o Ecomuseu e Casa do Parque da Ilha de São Jorge, espaço fundamental para conhecer a ilha, onde o visitante poderá recolher diversas informações sobre as áreas do Parque Natural, biodiversidade, geologia e património edificado, material e imaterial desta ilha singular.
Seguimos até à Urzelina, zona marcada pela erupção de 1808. Esta atividade explosiva foi responsável pela abundante queda de cinzas sobre a Urzelina e Manadas e as escoadas lávicas basálticas destruíram várias casas e a Igreja da Urzelina, da qual resta uma torre sineira, que se ergue como testemunho silencioso daquela erupção e da vivência açoriana marcada pelos ritmos da sua origem vulcanológica.
Por último, visitamos a freguesia de Manadas e deixamo-nos surpreender pela riqueza da Igreja de Santa Bárbara, que, segundo a tradição oral, foi erguida em honra desta Santa Mártir, por ter sido encontrada nesta baía, pelos primeiros povoadores, uma pequena caixa de madeira com uma imagem de Santa Bárbara no seu interior. De visita obrigatória!